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sábado, 30 de agosto de 2008

Meu prêmio



Mais um sonho a caminho de ser realizado...

Mnemosyne

Mnemosine - A memória personificada, filha de Urano (o Céu) e de Gaia (a Terra), irmã de Cronus, o deus do tempo, é uma das seis Titanides. Ao se unir a Zeus por nove luas dá origem a nove Musas que simbolizam a arte.
Segundo Vernant "possuido pelas Musas o poeta é o intérprete de Mnemosyne".
Titanides - Seis filhas de Urano (o Céu) e de Gaia (a Terra), chamadas Febe, Mnemosine, Rea, Téia ou Tia, Têmis e Tetis.
Musas - As nove filhas de Mnemosine (a Memória) e Zeus. Além de inspirar os poetas e os literatos em geral, os músicos e os dançarinos e mais tarde os astrônomos e os filósofos, elas também cantavam e dançavam nas festas dos Deuses olímpicos, conduzidas pelo próprio Apolo. Na época romana elas ganharam atribuições específicas: Calíope era a musa da poesia épica, Clio da História, Euterpe da música das flautas, Erato da poesia lírica, Terpsícore da dança, Melpomene da tragédia, Talia da comédia, Polímnia dos hinos sagrados e Urânia da astronomia.
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Falando nisso...




Uma pessoa pode estar segura só na ilusão, porque a segurança é a maior ilusão que há. A vida é insegura, o amor é inseguro. Ser é viver em insegurança. Ser é estar em constante perigo. Só os mortos estão seguros por que não podem morrer mais, nada pode acontecer a eles agora.O mais vivo que você estiver, o mais inseguro você estará. Por isto, muitas pessoas decidiram não viver, porque um tipo de mortandade dá insegurança, proteção, armadura. Muitas pessoas resolveram não olhar para a realidade, porque a realidade é insegura. Eu não posso fazer nada, você não pode fazer nada sobre ela, é como é. A realidade é insegura; ninguém nunca sabe o que vai acontecer no próximo momento. Eu posso estar aqui, eu posso não estar mais aqui; você pode estar aqui, você pode não estar mais aqui. A próxima respiração pode vir , ou pode não vir. A pessoa que lhe ama pode simplesmente se esquecer de você amanhã. É assim que a vida é.
Portanto, nós criamos ilusões para nos esconder atrás de ilusões, de forma que nós não possamos ver a insegurança da vida. O casamento é uma ilusão, o amor é uma realidade. O amor é inseguro! Ninguém sabe se ele vai estar lá amanhã ou não. É como uma brisa: quando ela vem, ela vem, quando ela vai, ela vai. Você não pode manipulá-la, você não pode controlá-la, você não pode predizê-la. Mas a mente é muito medrosa: se amanhã sua mulher o deixar, o que você vai fazer? Como você vai poder viver sem ela? Você se tornou tão dependente dela, você não pode conceber você sem ela. Então você faz alguns arranjos: fecha as portas, fecha as janelas, tranca tudo, de forma que ela não escape. É isto que é o casamento: fazer trancas legais de forma que você não escape facilmente. Você pode ir à polícia, você pode ir à corte, você pode forçar a mulher a voltar. Mas quando você fecha todas as portas e todas as janelas, a mulher não é mais a mesma que ela era quando ela estava sob o céu, sob as estrelas; ela não é mais a mesma, o pássaro em suas asas é um fenômeno totalmente diferente do pássaro na gaiola. O pássaro na gaiola não é mais o mesmo pássaro, porque ele não tem mais o mesmo céu, a mesma liberdade. Ele está aprisionado, sua alma foi morta. Ele apenas parece vivo – suas asas estão cortadas. Ele apenas parece que ele é, agora ele só vai vegetar.Sem liberdade não há vida. Mas uma coisa é boa na gaiola: ela tem segurança. Agora o pássaro não precisa se preocupar com comida; amanhã de manhã ele vai ser alimentado novamente. Ele não precisa se preocupar com inimigos, predadores; ninguém pode atacá-lo. O pássaro pode pensar que ele não está engaiolado mas protegido. Ele pode pensar que estas barras de ferro não são inimigas mas amigas; ele pode começar a amá-las. Mesmo que se um dia você quiser dar a ele a liberdade, ele pode não gostar da idéia, ele pode resistir. Ele pode até se recusar a sair se você abrir a porta. Ele dirá, ‘Eu não vou. Como eu posso deixar minha segurança?’ Ele se esqueceu de toda a alegria da liberdade; agora ele se lembra apenas do conforto e conveniência da segurança.O casamento é uma gaiola, o amor é o céu aberto. Nós destruímos o amor e criamos a ilusão do casamento. Isto é feio. Duas pessoas juntas por causa do amor é uma coisa, e duas pessoas juntas por causa da lei é totalmente diferente. Suas almas não estão mais juntas, apenas seus corpos estão amarados juntos. Porque eles não podem fugir, porque fugir parece que é custoso, materialmente um prejuízo – e os filhos estão lá, e todos os confortos da vida familiar e a casa – eles decidem permanecer escravos. Eles decidem não viver, mas apenas existir. E então, é claro, as pessoas tem muitos tipos de ilusão do passado, do futuro.
[...] perigoso viver no presente porque viver no presente significa ser autêntico. Nós vivemos no passado, nós vivemos no futuro. Passado e futuro são muito fáceis, confortáveis, sem perigo. Você pode manipular o seu passado, você pode controlá-lo. Você pode comandar o seu passado, seu passado é muito obediente. Ele é não-existencial, ele existe apenas na sua memória; você pode arrumá-lo sempre.E na memória também você escolhe. Primeiro você escolhe enquanto você está experienciando alguma coisa; mil e uma coisas estão acontecendo todos os dias, mas você escolhe apenas algumas, cientistas dizem que apenas dois por cento. Noventa e oito por cento não são escolhidas, apenas dois por cento. Tudo que faz você se sentir bem, ampliadores do ego, gratificantes ao ego, você escolhe. Tudo que parece sofrimento, dor, todas as feridas você não escolhe.Sua memória é uma primeira escolha, e então enquanto você vai se lembrando, suas experiências estão crescendo,e suas experiências vão ser refletidas em suas memórias.
[...] aceitar a insegurança da vida, é aceitar a morte, é aceitar que tudo pode desaparecer a cada momento. O Seu amor, a sua amizade, você, tudo é apenas por um momento. No próximo momento as pétalas irão cair, tudo desaparecerá.
[...] Sabendo disto e ainda assim se rejubilando, sabendo disto e ainda assim dançando, sabendo disto e ainda assim tendo uma canção nos seus lábios, sabendo disto e ainda assim tendo alegria nos seus olhos – é isto que o sannyas é. De fato esta insegurança é bela. Esta insegurança tem uma benção nela, porque se tudo fosse seguro não haveria vida de jeito nenhum. Se tudo fosse seguro não haveria pedras e rochas – flores, pássaros, pessoas. Se tudo fosse seguro talvez pudesse haver notas, matemática, ciência, mas não poesia, não música, não dança. O mundo seria morto, falso, plástico.A insegurança é bela. E o dia que você souber que a insegurança é bela, você vai conhecer a sabedoria da insegurança, e você terá entendido o coração verdadeiro do sannyas.


Osho, Osho, The GuestOsho, O ConvidadoChapter:Live in the is!Capítulo: Viva no é!