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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Tinha uma pedra...







Tinha uma pedra no meio do caminho...

no meio do caminho tinha uma pedra...

o que fiz?

nadei...nadei....e cheguei na praia!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Último

Praia Nua
Jorge Vercillo

Ah, meu sol, meu bem
A minha vida escureceu
desde que você não quis mais saber de mim
Hoje eu só fiquei
com a imensidão do céu
as estrelas mil que se esforçam pra luzir meu vazio
Tudo que era flor
virou o cinza da manhã
e se entristeceu pelo fim do nosso amor
Mar azul também
suas ondas estancou
sem o seu calor o oceano é uma poça sem cor
Eu, praia linda e nua ventando de paixao
o dia amanhece na minha solidão
e posso ouvir você
por entre as nuvens lá no céu:
eu namoro a lua mas meu coração é seu.

sábado, 18 de outubro de 2008

Poema nº 15
Pablo Neruda

Gosto de ti calado porque estás como ausente e me ouves de longe, e esta voz não te toca.
Parece que os teus olhos foram de ti voando e parece que um beijo fechou a tua boca.
Como todas as coisas estão cheias da minha alma tu emerges das coisas cheias da alma minha.
Borboleta de sonho, pareces-te com a minha alma e pareces-te com a palavra melancolia.
Gosto de ti calado e estás como distante
E estás como queixando-te, borboleta em arrulho.
E ouves-me de longe, e esta voz não te alcança: vais deixar que eu me cale com o silêncio teu.
Vais deixar que eu te fale também com o teu silêncio claro como uma lâmpada, simples como um anel.
Tu és igual à noite, calada e constelada.
O teu silêncio é de estrela, tão longínquo e tão simples.
Gosto de ti calado porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se houvesses morrido.
Uma palavra então, um teu sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre porque não é verdade.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

mantra

Quando não tiver mais nada
Nem chão, nem escada
Escudo ou espada
O seu coração acordará
Quando estiver com tudo
Lã, cetim, veludo
Espada e escudo
Sua consciência adormecerá
E acordará no mesmo lugar
Do ar até o arterial
No mesmo lar, no mesmo quintal
Da alma ao corpo material
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
Quando não se tem mais nada
Não se perde nada
Escudo ou espada
Pode ser o que se for livre do temor
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá para dar amor
Amor dará e receberá
Do ar, pulmão; da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão do templo espiral
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá para dar amor
Amor dará e receberá
Do ar, pulmão; da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão do templo espiral
Amor dará e receberá
Do braço, mão; da boca, vogal
Amor dará e receberá
Da morte o seu guia natal
(adeus dor...)
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare...


By Paulo Winckler

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Fernando Pessoa e eu

[...]viver é preciso
navegar não é preciso[...](FP)

precisão
minha vida não é precisa
sem rotina
vivo
sem amor
morro

sábado, 11 de outubro de 2008

Romanticos

Românticos são poucos,
Românticos são loucos, desvairados
Que querem ser o outro,
Que pensam que o outro,
É o paraíso.
Românticos são lindos,
Românticos são limpos e pirados
Que choram com baladas,
Que amam sem vergonha e sem juízo
São tipos populares, que vivem pelos bares
E mesmo certos vão pedir perdão
E passam a noite em claro
conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão
Romântico é uma espécie em extinção.
Românticos são poucos,
Românticos são loucos,
Como eu.

Vander Lee

Alma nua

Ó Pai
Não deixes que façam de mim
O que da pedra tu fizestes
E que a fria luz da razão
Não cale o azul da aura que me vestes
Dá-me leveza nas mãos
Faze de mim um nobre domador
Laçando acordes e versos
Dispersos no tempo
Pro templo do amor
Que se eu tiver que ficar nu
Hei de envolver-me em pura poesia
E dela farei minha casa, minha asa
Loucura de cada dia
Dá-me o silêncio da noite
Pra ouvir o sapo namorando a lua
Dá-me direito ao açoite
Ao ócio, ao cio
À vadiagem pela rua
Deixa-me perder a hora
Pra ter tempo de encontrar a rima
Ver o mundo de dentro pra fora
E a beleza que aflora de baixo pra cima
Ó meu Pai, dá-me o direito
De dizer coisas sem sentido
De não ter que ser perfeito
Pretérito, sujeito, artigo definido
De me apaixonar todo dia
De ser mais jovem que meu filho
E ir aprendendo com ele
A magia de nunca perder o brilho
Virar os dados do destino
De me contradizer, de não ter meta
Me reinventar, ser meu próprio Deus
Viver menino, morrer poeta.




Vander Lee

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

confronto com a dualidade

Caro amor
dei TUDO que era MEU
pra te TER,
mas agora,
estando vazia do material,
o pior
é o vazio de SENTIMENTO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

rotina

são 11.00 AM
vou sair
preciso nadar

almoço
pego o nb
preciso descansar

já são 16.00 PM
corro ou pedalo?
suado
enquadro o por do sol

volto ao nb
o que quero agora?
som ( voce já sabe/me conhece muito bem/ eu sou capaz/ de ir muito mais além/do que voce imagina...)
banheira
lembrança
jantar

meu sono!!?!!
preciso dele
pra recomeçar.

MR

des

gosto
desgosto
cubro
descubro
encanto
desencanto
harmonizo
desarmonizo

dualidade
antagonismo

quero mais
acabou

MR

sei?

Não sei se rio
ou se choro
se ligo
ou esqueço
se procuro
e viro do avesso
remexo recortes
e colo-os no peito

MR

fuga

Disse
e desdisse
fiz
e desfiz
fugi da dor
e na fuga a encontrei
MR

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Pra começar...


Ahhhh...qual dos dois sucos??????


Fico com o de pitanga, é divino!!!!!



Mais a salada de frutas ...pois é irresistível e eu mereço!!!!!!!

sábado, 30 de agosto de 2008

Meu prêmio



Mais um sonho a caminho de ser realizado...

Mnemosyne

Mnemosine - A memória personificada, filha de Urano (o Céu) e de Gaia (a Terra), irmã de Cronus, o deus do tempo, é uma das seis Titanides. Ao se unir a Zeus por nove luas dá origem a nove Musas que simbolizam a arte.
Segundo Vernant "possuido pelas Musas o poeta é o intérprete de Mnemosyne".
Titanides - Seis filhas de Urano (o Céu) e de Gaia (a Terra), chamadas Febe, Mnemosine, Rea, Téia ou Tia, Têmis e Tetis.
Musas - As nove filhas de Mnemosine (a Memória) e Zeus. Além de inspirar os poetas e os literatos em geral, os músicos e os dançarinos e mais tarde os astrônomos e os filósofos, elas também cantavam e dançavam nas festas dos Deuses olímpicos, conduzidas pelo próprio Apolo. Na época romana elas ganharam atribuições específicas: Calíope era a musa da poesia épica, Clio da História, Euterpe da música das flautas, Erato da poesia lírica, Terpsícore da dança, Melpomene da tragédia, Talia da comédia, Polímnia dos hinos sagrados e Urânia da astronomia.
disponível em:
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Falando nisso...




Uma pessoa pode estar segura só na ilusão, porque a segurança é a maior ilusão que há. A vida é insegura, o amor é inseguro. Ser é viver em insegurança. Ser é estar em constante perigo. Só os mortos estão seguros por que não podem morrer mais, nada pode acontecer a eles agora.O mais vivo que você estiver, o mais inseguro você estará. Por isto, muitas pessoas decidiram não viver, porque um tipo de mortandade dá insegurança, proteção, armadura. Muitas pessoas resolveram não olhar para a realidade, porque a realidade é insegura. Eu não posso fazer nada, você não pode fazer nada sobre ela, é como é. A realidade é insegura; ninguém nunca sabe o que vai acontecer no próximo momento. Eu posso estar aqui, eu posso não estar mais aqui; você pode estar aqui, você pode não estar mais aqui. A próxima respiração pode vir , ou pode não vir. A pessoa que lhe ama pode simplesmente se esquecer de você amanhã. É assim que a vida é.
Portanto, nós criamos ilusões para nos esconder atrás de ilusões, de forma que nós não possamos ver a insegurança da vida. O casamento é uma ilusão, o amor é uma realidade. O amor é inseguro! Ninguém sabe se ele vai estar lá amanhã ou não. É como uma brisa: quando ela vem, ela vem, quando ela vai, ela vai. Você não pode manipulá-la, você não pode controlá-la, você não pode predizê-la. Mas a mente é muito medrosa: se amanhã sua mulher o deixar, o que você vai fazer? Como você vai poder viver sem ela? Você se tornou tão dependente dela, você não pode conceber você sem ela. Então você faz alguns arranjos: fecha as portas, fecha as janelas, tranca tudo, de forma que ela não escape. É isto que é o casamento: fazer trancas legais de forma que você não escape facilmente. Você pode ir à polícia, você pode ir à corte, você pode forçar a mulher a voltar. Mas quando você fecha todas as portas e todas as janelas, a mulher não é mais a mesma que ela era quando ela estava sob o céu, sob as estrelas; ela não é mais a mesma, o pássaro em suas asas é um fenômeno totalmente diferente do pássaro na gaiola. O pássaro na gaiola não é mais o mesmo pássaro, porque ele não tem mais o mesmo céu, a mesma liberdade. Ele está aprisionado, sua alma foi morta. Ele apenas parece vivo – suas asas estão cortadas. Ele apenas parece que ele é, agora ele só vai vegetar.Sem liberdade não há vida. Mas uma coisa é boa na gaiola: ela tem segurança. Agora o pássaro não precisa se preocupar com comida; amanhã de manhã ele vai ser alimentado novamente. Ele não precisa se preocupar com inimigos, predadores; ninguém pode atacá-lo. O pássaro pode pensar que ele não está engaiolado mas protegido. Ele pode pensar que estas barras de ferro não são inimigas mas amigas; ele pode começar a amá-las. Mesmo que se um dia você quiser dar a ele a liberdade, ele pode não gostar da idéia, ele pode resistir. Ele pode até se recusar a sair se você abrir a porta. Ele dirá, ‘Eu não vou. Como eu posso deixar minha segurança?’ Ele se esqueceu de toda a alegria da liberdade; agora ele se lembra apenas do conforto e conveniência da segurança.O casamento é uma gaiola, o amor é o céu aberto. Nós destruímos o amor e criamos a ilusão do casamento. Isto é feio. Duas pessoas juntas por causa do amor é uma coisa, e duas pessoas juntas por causa da lei é totalmente diferente. Suas almas não estão mais juntas, apenas seus corpos estão amarados juntos. Porque eles não podem fugir, porque fugir parece que é custoso, materialmente um prejuízo – e os filhos estão lá, e todos os confortos da vida familiar e a casa – eles decidem permanecer escravos. Eles decidem não viver, mas apenas existir. E então, é claro, as pessoas tem muitos tipos de ilusão do passado, do futuro.
[...] perigoso viver no presente porque viver no presente significa ser autêntico. Nós vivemos no passado, nós vivemos no futuro. Passado e futuro são muito fáceis, confortáveis, sem perigo. Você pode manipular o seu passado, você pode controlá-lo. Você pode comandar o seu passado, seu passado é muito obediente. Ele é não-existencial, ele existe apenas na sua memória; você pode arrumá-lo sempre.E na memória também você escolhe. Primeiro você escolhe enquanto você está experienciando alguma coisa; mil e uma coisas estão acontecendo todos os dias, mas você escolhe apenas algumas, cientistas dizem que apenas dois por cento. Noventa e oito por cento não são escolhidas, apenas dois por cento. Tudo que faz você se sentir bem, ampliadores do ego, gratificantes ao ego, você escolhe. Tudo que parece sofrimento, dor, todas as feridas você não escolhe.Sua memória é uma primeira escolha, e então enquanto você vai se lembrando, suas experiências estão crescendo,e suas experiências vão ser refletidas em suas memórias.
[...] aceitar a insegurança da vida, é aceitar a morte, é aceitar que tudo pode desaparecer a cada momento. O Seu amor, a sua amizade, você, tudo é apenas por um momento. No próximo momento as pétalas irão cair, tudo desaparecerá.
[...] Sabendo disto e ainda assim se rejubilando, sabendo disto e ainda assim dançando, sabendo disto e ainda assim tendo uma canção nos seus lábios, sabendo disto e ainda assim tendo alegria nos seus olhos – é isto que o sannyas é. De fato esta insegurança é bela. Esta insegurança tem uma benção nela, porque se tudo fosse seguro não haveria vida de jeito nenhum. Se tudo fosse seguro não haveria pedras e rochas – flores, pássaros, pessoas. Se tudo fosse seguro talvez pudesse haver notas, matemática, ciência, mas não poesia, não música, não dança. O mundo seria morto, falso, plástico.A insegurança é bela. E o dia que você souber que a insegurança é bela, você vai conhecer a sabedoria da insegurança, e você terá entendido o coração verdadeiro do sannyas.


Osho, Osho, The GuestOsho, O ConvidadoChapter:Live in the is!Capítulo: Viva no é!